Independente desde 1811, o Paraguai seguiu um caminho diferente do de outros países da América do Sul: buscou tornar-se autônomo do ponto de vista econômico, razão pela qual a Inglaterra, grande potência da época, não o via com bons olhos. Não que a população paraguaia, de cerca de 800 mil habitantes, fosse um mercado consumidor significativo: o fator de preocupação era o "mau exemplo" que o Paraguai podia ser para outros países, bem como o nível de desenvolvimento a que, eventualmente, poderia chegar, tornando-se um potencial concorrente na produção e exportação de manufaturados para os países vizinhos.
A guerra teve início porque o Paraguai aprisionou um navio brasileiro, e sabe-se que, com o objetivo de obter uma saída para o mar, era plano do governo ditatorial de Solano Lopes conquistar terras dos países adjacentes, mas também é inegável o estímulo dado pela representação da Inglaterra no sentido de se formar uma aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, com a finalidade de derrotar o Paraguai o mais rapidamente possível, embora a guerra tenha durado anos.
Ao final da guerra (1870) o Paraguai estava arrasado, com a população reduzida a aproximadamente 194 mil pessoas e a economia completamente arruinada.