terça-feira, 31 de agosto de 2010

História do Brasil: O Sistema de Capitanias Hereditárias e o Governo-Geral

DICA DO CURSO ESPIRAL DO TEMPO

Em 1532 o governo português resolveu implantar, com o objetivo de colonizar o Brasil, o chamado "Sistema de Capitanias Hereditárias", no qual o território que, pelo acordo de Tordesilhas, pertencia a Portugal, foi dividido em faixas horizontais (no sentido Oceano Atlântico - Interior). Essas faixas de terra foram entregues a "donatários", que teriam a obrigação de ocupá-las e colonizá-las com recursos próprios. Entretanto, o sistema não funcionou bem desde o princípio por várias razões, dentre as quais podem ser mencionadas:

  • Grande distância entre a metrópole (Portugal) e a colônia (Brasil), dificultando muito as comunicações;

  • Os donatários, em geral membros da nobreza sem muitos recursos, nem sempre se interessavam pelas terras que haviam recebido porque não pretendiam arriscar o que tinham em um empreendimento aparentemente pouco promissor;

  • Em algumas capitanias a justa resistência indígena à apropriação de seu território foi intensa;

  • Muitos donatários não tinham qualquer conhecimento das condições para a implantação de empreendimentos economicamente viáveis na América e, por isso, seus projetos de colonização fracassaram.
Diante desse quadro, criou-se em 1548 o Governo-Geral. Não se pretendia, com ele, substituir o Sistema de Capitanias Hereditárias, mas sim dar maior suporte aos donatários no processo de colonização, além de centralizar o governo da colônia. Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, estabeleceu em Salvador a primeira capital do Brasil.