quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O uso dos porquês

(Professor André Luís Cézar, professor de Redação e direitor da Nativa Vestibulares)

Você sabe por que este porquê é escrito separado e por que o porquê anterior é grafado em uma só palavra e recebe um acento? Parece complicado, e quase todos erram no uso dos porquês. Mas agora eu vou descomplicar:
1- Por que (separado e sem acento) – é usado sempre que pudermos subentender a palavra MOTIVO ( como se fosse por que motivo). Exemplos: Não sei por que (motivo) ela desistiu da competição. / Por que (motivo) você faltou à aula?
2- Por quê (separado e com acento) - colocamos o acento quando for usado no final da sentença. Exemplos: Ela não veio por quê? / Ele desistiu da competição não sei por quê.
3- Porque (junto e sem acento) – é sinônimo de POIS. Exemplos: Eles atrasaram porque (= pois) o voo atrasou. / Nós estudamos muito porque (= pois) é necessário.
4- Porquê (junto e com acento) – é um subsntantivo que, em geral, vem acompanhado de artigo ou de outro termo determinante. Exemplos: Eles não disseram o porquê (= a razão) da adiamento dos jogos.

Acordo Ortográfico 2 - Acentuação do Ditongo Aberto

(Prof. André Luís Cézar, professor de Redação e diretor da Nativa Vestibulares)

A reforma ortográfica trouxe uma mudança que para muitos soou estranha: os ditongos abertos não são mais acentuados nas palavras paroxítonas (aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima). Vejamos alguns acasos comparativos:
ANTES : Andréia, Coréia, Jibóia.
AGORA: Andreia, Coreia, Jiboia.

Lembre-se de que a pronúncia não mudou e de que nas palavras oxítonas ou monossilábicas o ditongo aberto continua acentuado: réu, véu, céu, dói, papéis, anéis, chapéu.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Literatura Portuguesa 1 - Inícios

(Professor André Luís Cézar, professor de Redação e Diretor da Nativa Vestibulares)

Trovadorismo é o primeiro movimento literário português. Aceitam-se como datas de início do Trovadorismo português tanto o ano de 1189 quanto o de 1198, pela precariedade dos documentos escritos encontrados. O primeiro texto de que se tem notícia é a Cantiga da Ribeirinha (também conhecida como Cantiga da Guarvaia), de autoria de Paio Soares de Taveirós, que começa assim:

“No mundo non me sei parelha
Mentre me for como me vai
Cá já moiro por vós e, ai!
Mia senhor branca e vermelha”

Perceberam como a língua em que essa cantiga foi escrita é uma mistura do galego com o português? É por isso que se denomina galaico-português (ou simplesmente galego-português). Somente algumas décadas depois é que surgiria aquilo que chamamos de Língua Portuguesa.
Para os vestibulares modernos, o que importa desse tópico de Literatura é a seguinte noção: ainda que houvesse outras formas literárias escritas anteriores à Cantiga da Ribeirinha, elas se perderam e, por isso, essa cantiga é considerada a certidão de nascimento da Literatura Portuguesa.

RESUMO: A Literatura Portuguesa começou em 1189 ou 1198, com a Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós, escrita em galaico-português.
 

Conhecimentos Básicos Para a Acentuação Gráfica

(Professor André Luís Cézar, professor de Redação e diretor da Nativa Vestibulares)

As regras de acentuação gráfica, meus alunos, sempre fazem referência a algumas noções de que muitos estudantes já não se lembram. Vamos a elas:
1- Palavras oxítonas – são aquelas cuja sílaba tônica (forte) é a última. Exemplos: Pelé, José, Amapá, você.
2- Palavras paroxítonas – são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: éter, caráter, táxi.
3- Palavras proparoxítonas – são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: lâmpada, tâmara, hélice.

Outro pré-requisito para não errar a colocação do acento gráfico é conhecer os tipos de acento que existem em português:
a) acento grave – é aquele que indica crase. Ele não indica tonicidade, mas a existência de dois “as” (a+a) pronunciados juntos. Exemplo: Ela foi à panificadora.
b) acento agudo – é aquele que indica que a sílaba tônica é aberta. Exemplo: Eu achei fácil o exercício.
c) acento circunflexo – é aquele que indica que a sílaba tônica é fechada. Exemplo: O marinheiro desceu a âncora.

Para terminar, deixo aqui com vocês uma regra de acentuação fácil (a mais fácil de todas), mas muito esquecida: toda palavra proparoxítona deve receber acento. Exemplos: época, díspares, paralelepípedo, prótese, síncope. Como não há exceções para esta regra, ninguém deveria esquecer de acentuar ícone, por exemplo.

Acordo Ortográfico 1 - Uso de Trema

(Professor André Luís Cézar, professor de Redação e Diretor da Nativa Vestibulares)


A nova ortografia da Língua Portuguesa estabeleceu aquilo que a maioria dos jornais de grande circulação nacional já faziam por conta própria há anos: não há mais trema nas palavras portuguesas.
Assim, não escrevemos mais lingüiça, e sim linguiça; lingüística, e sim linguística; eqüino, e sim equino. Porém, a pronúncia continua a mesma, vestibulando.
Eu sei que muitos de vocês (quase todos, talvez!) estejam com um sorriso imenso nos lábios, pensando: “Eu já não usava mesmo “os dois pinguinhos” no u”. De fato, concordo que essa nova regra veio consolidar aquilo que o uso já havia consagrado.
No entanto, é bom lembrar que em palavras estrangeiras, como em Fräulein (senhorita, em alemão), Führer (líder, em alemão, usualmente para referir-se ao líder nazista Adolf Hitler), entre outras, o uso permanece inalterado.

Dúvidas? Entre em contato conosco:
mailto:nativavestibulares@hotmail.com

Para Ser Um Vestibulando de Sucesso

Aqui vão dicas especiais para quem não quer perder tempo nos estudos e ser um vestibulando campeão:
1- Organize seu horário de estudo e siga-o estritamente;
2- Separe 2 horas por semana para fazer uma redação;
3- Estude como se você fosse prestar o curso mais concorrido dos vestibulares. Se você estiver preparado para esse curso, estará preparado para qualquer outro;
4- Não permita que namoro, internet, celular e amigos atrapalhem seu horário de estudo. Lembre-se de que há tempo para tudo: para estudar, para bater papo e para sair com os amigos. Basta não confundir os horários e as prioridades;
5- Não caia na tentação de só estudar as matérias que mais agradam você. Talvez sejam as outras as que devam receber mais atenção;
6- Não imagine que você terá uma redação competitiva e vencedora sem que pratique textos semanalmente. Em se tratando de redação, a prática leva à perfeição;
7- Separe diariamente um tempo só para você, e use-o para qualquer coisa que lhe dê prazer e que não tenha a ver com estudo: esse é o seu momento de descontração;
8- Durma bem e por tempo suficiente;
9- Alimente-se com equilíbrio e não use estimulantes tóxicos nem bebidas alcoólicas, pois esses produtos debilitam a capacidade cognitiva;
10- Pratique exercícios para ter boa saúde: vestibulando saudável tem mais sucesso nos exames;
11- Tenha sempre em mente seu principal objetivo: passar no vestibular!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Acentuação dos Monossílabos Tônicos

(Professor André Luís Cézar, Professor de Redação e Diretor da Nativa Vestibulares)
Conheço uma pessoa (eu mesmo!) que tem compulsão por acento (e não assento): mesmo que eu vá descartar um rascunho, eu não aceito que uma palavra vá para o lixo sem ter respeitado o seu direito de ser acentuada. É isso mesmo: as palavras têm o direito de receber o acento que lhes é devido. Essa saudável obsessão, que alunos e professores deveriam ter, pode garantir que não se confunda, por exemplo, caia com caía; amássemos com amassemos...
Mas, queridos alunos, falando em conhecer gente, já ouvi alguém contar sobre uma pessoa que, para chamar a atenção dos seus alunos para a necessidade do acento, costuma dizer em classe que o acento gráfico é uma “cacetada” que damos na palavra para que ela soe forte: nó (bem caceteado) soa forte!!! Essa pessoa se esquece de que uma sílaba pode soar forte sem receber acento (esforço, por exemplo, como em "eu me esforço"). Se a tal da regra da cacetada pegasse, então teríamos de dizer aos alunos que a palavra pó recebeu uma cacetada de direita, e que os dois "as" (a+a) em crase (à) receberam uma cacetada de esquerda... Mas tal regra é bobagem, pois o que dizer do acento circunflexo (^)? Trata-se de cacetada dupla? Ou de chapeuzinho como diziam antigamente?
Voltando ao que interessa, uma certa obsessão por acentuar vale a pena, e minha experiência mostra que um dos acentos mais esquecidos é o das palavras monossilábicas. Não esqueça: todo monossílabo tônico terminado em a(s), e(s), o(s) deve ser acentuado (nó, dó, pó, ré, pá, lá). Só não acentuamos os terminados em i ou u. Os pichadores de Du, Lu e parecidos é que deveriam levar umas chineladas da Dona Gramática da Língua Portuguesa quando infringem essa regra.

Vestibular: Um Mal Necessário?

Muitos acreditam que o exame chamado de Vestibular, que oferece ingresso nas universidades brasileiras, é injusto e elitista. Seus opositores costumam afirmar que esse tipo de prova não consegue avaliar o candidato em sua plenitude, pois (segundo eles) bastaria que o vestibulando estivesse indisposto na hora do vestibular e todo seu esforço do ano inteiro (ou de anos inteiros) estaria comprometido.
Os que são contrários ao vestibular ainda argumentam que esse tipo de seleção favorece aqueles que têm oportunidade e recursos para pagar colégios e cursinhos de primeira linha, o que, na visão deles, é peneirar pelo critério econômico, e não pelo mérito acadêmico.
Mas será isso mesmo?
Os que defendem os vestibulares como forma de ingresso nas universidades costumam admitir que, de fato, esse tipo de seleção não é de todo isento de problemas. Porém, eles costumam elencar algumas vantagens do vestibular:
1- alguma seleção é necessária porque simplesmente (nas universidades de ponta, é claro) não há vagas para todos;
2- essa seleção deve levar em conta principalmente a excelência de conhecimento acadêmico, pois os estudos em nível superior nas grandes universidades requerem mentes que estejam à altura do que ali vai ser ensinado;
3- Os vestibulares de ingresso às grandes universidades (FUVEST, UNICAMP, VUNESP, ITA, FGV, entre outros) procuram selecionar os candidatos que se encaixam no perfil de aluno exigido pelas instituições de alto nível educacional para que se mantenha o padrão de excelência.
Confrontando as duas linhas de argumentação, fica claro que os vestibulares não são a causa da injustiça social (que impede muitos alunos de ingressarem em universidades de ponta), mas um termômetro (como abordou um tema de Redação da FUVEST há algum tempo) que indica os problemas sócio-educacionais que debilitam significativa parcela da juventude brasileira.
O que fazer? Pais, mães, professores e alunos (interessados, em geral) deveriam exigir das autoridades competentes ensino público e gratuito compatível com aquele disponível nos bons colégios particulares, para que todos tenham aquilo que é um dos ideais republicanos: igualdade de oportunidades para disputar uma vaga não apenas nas universidades de ponta, mas no mercado de trabalho.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Para Passar nos Vestibulares

Finalmente, ainda que para desespero de alguns, mas para alegria da maioria, um novo ano letivo começou. Esse novo ano traz consigo a esperança para os vestibulandos de, brevemente, estarem estudando em uma universidade de renome. Que fazer para isso?
  • Matricular-se na Nativa urgentemente, pra quem ainda não fez isso;
  • Estudar todos os dias, sem deixar acumular matéria;
  • Não faltar às aulas, ainda que chovam bolas de chumbo;
  • Durante os estudos, esquecer que existem coisas como celulares, i-pods e namorados;
  • Vacinar a família desde já contra a neurose dos vestibulares;
  • Levar a sério as provas e simulados, pois eles são um parâmetro valioso da real condição de um vestibulando.
Faça isso, e você será um sucesso!